Tradicional evento acontece entre 29 de junho e 28 de julho e terá mais de 60 concertos, distribuídos entre três espaços de Campos do Jordão e dois da capital paulista.
Reconhecido como o maior e mais tradicional evento de música clássica da América Latina, o Festival de Inverno de Campos do Jordão chega à sua 54ª edição neste ano – ele não ocorreu apenas em 2020, por conta da pandemia do coronavírus. A programação artística acontece de 29 de junho a 28 de julho e estará dividida entre três espaços em Campos do Jordão e dois na capital, com eventos na Sala São Paulo e no Instituto Mackenzie. O Festival de Campos do Jordão é uma realização da Fundação Osesp e do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas.
Serão mais de 60 concertos neste ano, todos eles com entrada gratuita e distribuídos entre três locais da cidade da Serra da Mantiqueira: o tradicional Auditório Claudio Santoro (apresentações de sexta a domingo); o popular Parque Capivari (sábados e domingos, e também dias 08 e 09/jul); e a bela Capela São Pedro Apóstolo, localizada no Palácio Boa Vista (sábados e domingos). A capital paulista também terá uma agenda de apresentações diversa: na Sala São Paulo, as apresentações acontecem aos sábados e domingos na Sala de Concertos e, na segunda metade do Festival, na Sala do Coro, entre segunda e sexta-feira. Uma novidade desta edição é a parceria com o Instituto Mackenzie, que receberá não só o Módulo Pedagógico do evento como alguns recitais na primeira quinzena de julho, no Auditório Escola Americana e no Auditório Ruy Barbosa, ambos no campus Higienópolis (entre segunda e sábado, com ênfase em performances de Artistas do Festival).
“É um imenso prazer realizar mais uma edição do maior e mais tradicional evento de música clássica da América Latina. Uma questão muito relevante sobre o Festival de Inverno de Campos do Jordão é a formação de jovens músicos promissores, que conseguem neste evento uma visibilidade que faz a diferença. Com este evento, o Governo de São Paulo segue com seu compromisso de promover a cultura e toda a sua transversalidade”, afirma Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
Considerado o “coração” do Festival, seu Módulo Pedagógico oferece nesta edição 137 bolsas de estudo integrais a jovens músicos: são 119 bolsas para instrumentistas, seis para regentes, seis para piano e seis para violão. Durante um mês, os alunos terão atividades de Prática de Orquestra, Música de Câmara, Música Antiga e Camerata, além de integrarem a Orquestra do Festival, a Orquestra Bach (de Música Antiga) e a Camerata do Festival, com diversos concertos agendados em todos os palcos. “O conceito pedagógico do Festival tem crescido a cada ano, já que os professores não vêm ‘simplesmente’ para dar aulas. Buscamos o aprendizado lado a lado, no qual os músicos-professores, do Brasil e de fora do país, chegam preparados não só para ensinar como também para tocar junto com nossos bolsistas e, dessa forma, intensificar o aprendizado”, revela o Coordenador Artístico-Pedagógico do evento, Fabio Zanon.
DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO
Destacam-se, na Programação Artística em Campos do Jordão no primeiro fim de semana, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp com seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, tocando Brahms e Villa-Lobos no concerto de abertura (29/jun); a Orquestra Jovem do Estado – Ojesp com seu regente titular, Cláudio Cruz, interpretando a Sinfonia nº 4 da norte-americana Florence Price, obra raramente tocada no Brasil (30/jun); e a Orquestra Experimental de Repertório – OER dirigida por Wagner Polistchuk (30/jun).
Receberemos três grupos sinfônicos de fora do Brasil: a Orquesta Sinfónica de Ñuble – OSNUBLE (Chile), com Emmanuele Baldini no pódio e o violonista Fabio Zanon como solista (07/jul); a Orquesta Juvenil Nacional del Sodre (Uruguai), tendo à frente o maestro Ariel Britos para um repertório inteiramente dedicado à música das Américas (19/jul); e a Orquesta Sinfónica Nacional de Colombia, com Yeruham Scharovsky no pódio e a envolvente Scheherazade, de Rimsky-Korsakov, no programa (26/jul). E veremos novamente nomes como a Orquestra Sinfônica da USP – Osusp regida por seu novo maestro, Tobias Volkmann, e convidando o jovem violinista Nathan Amaral (05/jul); e a Sinfônica Municipal de Campinas com Carlos Prazeres no pódio e o pianista Cristian Budu como convidado (21/jul).
Na agenda dedicada à música de câmara, também teremos duas atrações internacionais: os ingleses do Quarteto Piatti, que apresenta um emocionante programa com música dedicada às Américas – o quarteto Americano, de Dvorák –, e Crisantemi, de Giacomo Puccini, por ocasião do centenário de morte deste compositor (12/jul); e o conjunto de metais Geneva Brass Quintet, que vem de Genebra, na Suíça, e desenvolverá também um trabalho junto dos bolsistas (09/jul).
A programação atualizada pode ser acessada no site oficial do Festival de Campos do Jordão.
Crédito foto: Íris Zanetti.