Exibição das produções será entre os dias 17 a 20 de março, sempre a partir das 19h
Entre os dias 17 a 20 de março o Cineclube da Fundação Cultural Badesc promove a Mostra Mulheres Indígenas. Além de criar um ambiente de debate acerca do tema, o objetivo é oferecer ao público acesso à filmografia indígena produzida e sobre mulheres. As sessões são gratuitas e estão marcadas para começar às 19h.
Durante os quatro dias vão ser exibidos nove documentários realizados por diretoras indígenas, alguns co-dirigidos em parceria com outras diretoras e/ou pesquisadoras não-indígenas, que abordam assuntos importantes na vida, na sexualidade, no feminino e na perpetuação da cultura dos povos originários brasileiros.
A proposta da Mostra, com curadoria da artista visual, antropóloga e doutoranda em cinema (PPGCine-UFF), Sophia Pinheiro, em parceria com o Cine Delas [Floripa], é desmistificar o sujeito indígena na posição do “outro” ao trazer obras criadas a partir da vivência das próprias diretoras e de seus cinemas. Não há classificação indicativa estabelecida e todas as sessões contam com mediação e debate.
A Fundação Cultural Badesc fica na Rua Visconde de Ouro Preto, 216, no Centro de Florianópolis. Todas as atividades realizadas na Fundação são gratuitas.
Cineclube da Fundação Cultural Badesc
Com o apoio de diversos parceiros – como a Aliança Francesa, Cine Italiano, ART7, Cine Africano, Foco em Cinema, Cine Delas [Floripa], Sessão Divã, entre outros – e ocasionais mostras temáticas, o Cineclube da Fundação Cultural Badesc, realiza sessões de terça a sexta, às 19h. Todas as exibições são gratuitas. A programação completa pode ser consultada no site http://fundacaoculturalbadesc.com.
Cine Delas [Floripa]
Realiza sessões de filmes dirigidos por mulheres, repensando o espaço que a mulher tem ocupado ao longo da história do cinema, além de tratar dos temas que permeiam esse universo feminino.
Programação completa da Mostra Mulheres Indígena:
Dia 17, terça-feira, às 19h
Yãmiyhex: As Mulheres-Espírito, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali. Brasil, 2020. Documentário.
Sinopse: Registro dos preparativos da grande festa de despedida das yãmĩyhex (mulheres-espírito), que se preparam para partir após alguns meses na Aldeia Verde.
Dia 18, quarta-feira, às 19h
Demarcação Daje Kapap Eypi, de Lucineide Saw Munduruku, Rilliete Saw Munduruku, Alcineide Saw Munduruku, Luciane Saw Munduruku e Marunha Saw Munduruku. Brasil, 2015. Documentário.
Sinopse: As guerreiras Munduruku da aldeia Sawré Muybu se dedicaram a fazer um filme da autodemarcação de sua terra para mostrar que não estão de braços cruzados perante o descaso do governo.
Dia 18, quarta-feira, às 19h10
A voz das mulheres indígenas, de Glicéria Tupinambá e Cristiane Pankararu. Brasil, 2015. Documentário.
Sinopse: O documentário reúne depoimentos de mulheres indígenas da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas acerca de suas trajetórias no movimento indígena.
Dia 18, quarta-feira, às 19h30
Nossa Alma Não tem Cor, de Graciela Guarani e Alexandre Pankararu. Brasil, 2019. Documentário.
Sinopse: O filme aborda os dos grandes desafios enfrentados pelos povos indígenas no cenário atual, a partir do depoimento de importantes líderes indígenas do Brasil – como Ayrton Krenak, Sonia Guajajara e outros.
Dia 19, quinta-feira, às 19h
Grande Canto, de Michele Perito Concianza Kaiowá. Brasil, 2019. Documentário.
Sinopse: Filme ritual sobre o Grande Canto Kaiowá.
Dia 19, quinta-feira, às 19h22
Ayani por Ayani, de Ayani Hunikui. Brasil, 2010. Documentário.
Sinopse: Ayani, filha de Dani e Agostinho Ika Muru, filma um dia na vida de sua avó Ayani.
Dia 19, quinta-feira, às 19h43
Tramas Y Trascendências, de Flor de María Álvarez Medrano. Guatemala, 2014. Documentário.
Sinopse: O curta mostra os padrões traumáticos que foram herdados por gerações e como eles afetam diretamente a vida de três mulheres, bem como os primeiros delas em busca de transformar essa realidade.
Dia 20, sexta-feira, às 19h
Até o fim do mundo, de Margarita Rodriguez Weweli-Lukana e Juma Gitirana Tapuya Marruá. Brasil, 2019. Documentário experimental.
Sinopse: Vídeo experimental que mescla as linguagens do documentário e fantasia a partir do encontro das diferenças, na tentativa ritual de sanação das dores coloniais.
Dia 20, sexta-feira, às 19h20
Teko Haxy – ser imperfeita, de Patrícia Ferreira e Sophia Pinheiro. Brasil, 2018. Documentário experimental.
Sinopse: Um encontro íntimo entre duas mulheres que se filmam. O documentário experimental é a relação de duas artistas, uma cineasta indígena e uma artista visual e antropóloga não-indígena. Diante da consciência da imperfeição do ser, entram em conflitos e se criam material e espiritualmente. Nesse processo, se descobrem iguais e diferentes na justeza de suas imagens.