Pedagoga Adriana Martinelli lidera movimento que visa formar professores especialistas no tema.
A pauta ambiental já é considerada essencial e está, cada vez mais, presente na educação básica. A educação básica, tem como pressuposto formar cidadãos do futuro – ou seja, o momento ideal para abordar um tema tão importante para a sociedade.
Entretanto, encontrar profissionais que tenham a competência para ensinar sobre o assunto ainda é um desafio. Um cenário que a pedagoga Adriana Martinelli busca mudar desde 1993, quando começou a ministrar o Projeto Aprendendo Com a Árvore (PACA) em Santa Catarina.
“Foi percebendo esse desafio, e a quantidade de profissionais engajados que querem buscar capacitação e ampliar o conhecimento neste tema, que decidi fundar a Naturação e formar professores em cursos de formação continuada”, afirma Adriana Martinelli.
Necessidade de profissionais qualificados
Apesar de haver diretrizes curriculares para a Educação Ambiental do Ministério da Educação (MEC), os cursos de Pedagogia e diversas licenciaturas não preparam os profissionais da educação para lidar com a questão ambiental, principalmente nos anos iniciais e finais.
Nessa perspectiva, a pedagoga Adriana buscou trazer para Santa Catarina os conhecimentos adquiridos na especialização que realizou nos Estados Unidos, tornando-se formadora do PACA – um projeto patrocinado pela American Forest Foundation.
Possuindo os direitos exclusivos para o uso da metodologia, do logo, bem como da divulgação do material pedagógico para todo o país, cedidos pela American Forest Foundation, ela fundou a Naturação e buscou patrocínios para levar o projeto para dentro das escolas.
A capacitação acontece em formato de workshop, nas salas de aula das próprias instituições de ensino, propondo atividades inseridas em todas as disciplinas curriculares. São propostas tarefas sensoriais e didáticas, que abordam temas como diversidade biológica, recursos naturais renováveis e não-renováveis, ecossistema, ações e estruturas governamentais, sociais e culturais, tecnologias eficientes e sustentáveis, entre tantos outros temas que permeiam a educação ambiental.
Além da aula presencial, o programa inclui um guia de atividades alinhado com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), e que pode ser aplicado em sala de aula, posteriormente, com alunos da educação infantil ao nono ano.
O projeto PACA já passou pelas cidades de Santa Rosa de Lima, Florianópolis e Palhoça, no estado de Santa Catarina, formando mais de 200 professores, que levarão a educação ambiental para as salas de aula e alcançarão mais de 2 mil crianças.
Projeto incorpora a ESG e as ODS
Atuar de acordo com o ESG – Governança Ambiental, Social e Corporativa (em inglês: Environmental, Social and Governance), é cada vez mais uma realidade para as empresas brasileiras. Muito mais que uma sigla, o ESG surgiu em 2004 a partir de um convite do secretário-geral da ONU Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, para participar de uma ação e integrar fatores sociais, ambientais e governança no mercado de capitais.
As grandes instituições perceberam que não bastava o lucro, se houvesse prejuízo como acidentes ambientais. Por isso, aplicar e seguir o ESG, traz benefícios para todos. Hoje para as empresas, ESG indica solidez, custos mais baixos e boa reputação. E são essenciais para a tomada de decisões dos investidores. Os critérios ESG estão relacionados aos ODS – que reúne 17 objetivos de desenvolvimento sustentável.
As ODS são um apelo global da ONU para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima. São 17 ações que abordam: pobreza, desigualdade, saúde e bem-estar, educação, economia e sustentabilidade. O objetivo é atingir a Agenda 2030 no Brasil.
A Naturação cria ações inseridas dentro das metas das empresas, pensando sempre em um futuro mais verde, sustentável e visando uma relação mais responsável do homem para com a natureza.
Crédito foto capa: Divulgação/Naturação