Elenco de cozinheiros da internet, profissionais e amadores superou uma seleção com quase 15 mil inscrições e representa as cinco regiões do Brasil
Falta pouco para o público embarcar nas emoções de ‘Chef de Alto Nível’, o novo reality de gastronomia da TV Globo. E é chegada a hora de conhecer os 24 participantes que prometem entregar tudo de si na competição, que estreia em 15 de julho. Depois de superar as diversas etapas de uma seleção com quase 15 mil inscrições, incluindo audições presenciais com 86 cozinheiros, o elenco de 24 integrantes, divididos nas categorias cozinheiros da internet, profissionais e amadores, está pronto para encarar o desafio de vencer as dificuldades e brilhar na Torre das Cozinhas.


Com representantes dos estados da Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo, além do Distrito Federal, o grupo carrega em seu talento a diversidade e a força da gastronomia brasileira. Em jogo, um prêmio de meio milhão de reais, um período de mentoria com cada um dos chefs do reality, Alex Atala, Jefferson Rueda e Renata Vanzetto, e o sonhado título inédito de ‘Chef de Alto Nível’. Para isso, os 24 têm um longo caminho a ser percorrido: do porão ao topo, quem vai aguentar essa pressão? Conheça, a seguir, os participantes de ‘Chef de Alto Nível’.
Cozinheiros da internet

Allan Mamede – Mamede nasceu e vive na cidade do Rio de Janeiro. Com 26 anos, divide seu tempo entre as atividades de personal chef e criador de conteúdo. Em seu principal perfil nas redes, @chefmamede, ele mostra para quase 200 mil seguidores a realidade periférica onde vive e trabalha. Com foco na gastronomia brasileira, Mamede se dedica à culinária de fusão, combinando ingredientes e técnicas de diferentes tradições em busca de pratos inovadores. Em 2023, venceu o reality ‘Que Seja Doce’, exibido no GNT, e chega ao ‘Chef de Alto Nível’ querendo ser exemplo para jovens da periferia, como ele.
“Minha maior dificuldade na competição talvez seja tempo. Fazer um prato de alto nível, com todas as técnicas possíveis, num tempo menor, é um pouco complicado. Mas, eu me preparei para isso”, conta Mamede. “Eu gosto de uma comida de fusão. É um diferente tipo de gastronomia, sempre tendo em foco a gastronomia brasileira, uma comida mais afetiva, tentando trazer também um pouco de contemporâneo na finalização do prato, com as melhores técnicas”, explica.

Bruna Lopes – Bruna, de 39 anos, nasceu na cidade de Guararapes, em São Paulo, e mora há mais de 11 anos em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A criadora de conteúdo é de uma família de cozinheiros que não perde a oportunidade de se reunir em torno da mesa. Seu principal perfil nas redes, @chefbrunalopes, possui mais de dois milhões de seguidores. Durante sete anos, esteve à frente de uma empresa de massas artesanais, sua especialidade. Em 2022, representando Mato Grosso do Sul, conquistou o prêmio Dólmã e chega ao reality sonhando em dividir a cozinha com Ana Maria Braga. Mas tem uma curiosidade: Bruna não gosta de coentro!
“Eu quero, com certeza, levar para o reality muita massa fresca, que eu adoro fazer, é a minha especialidade e o que me trouxe para a cozinha. Quero fazer muita mistura de sabores caseiros, trazer um pouco do meu Mato Grosso do Sul, uns toques de banana, de mandioca, para as pessoas conhecerem mais. E comida com gosto de vó!”, afirma Bruna. “A minha expectativa é ganhar! E o que me levou a me inscrever é que eu sou completamente apaixonada pelo universo da cozinha e de reality de culinária; assisto a tudo o que você imaginar. Quando eu vi que esse formato estava chegando aqui, eu falei que precisava entrar. Não queria só assistir, queria fazer parte, principalmente porque é o primeiro”, complementa.

Bruno Manoel “Preto” – Bruno nasceu na cidade de Paulista, em Pernambuco, e mora no Recife. Conhecido como Preto, o criador de conteúdo tem 40 anos e acumula mais de 800 mil seguidores em seu perfil @preto_na_cozinha. Aos 16 anos, após perder a mãe, passou a vender docinhos com a irmã. Anos mais tarde, foi uma receita de queijadinha que escancarou as portas do mundo virtual para o seu talento na gastronomia. Em 2023, Bruno venceu a competição ‘Que Delícia!’, do ‘Mais Você’, e agora chega ao reality querendo mostrar os temperos pernambucanos que o Brasil não conhece.
“Eu quero mostrar muito a culinária nordestina, o que a gente tem de bom, trazendo muito de Pernambuco também, que é um polo bastante influente, que traz as gastronomias europeia, africana e indígena. É um misto que o Brasil precisa conhecer e eu vou lá exatamente para mostrar isso”, destaca Bruno. “Eu me inscrevi porque estou esperando uma coisa muito grande. Fiz por causa do dinheiro também. Espero ganhar para poder abrir meu restaurante”, acrescenta.

Bruno Salomão “Bubu” – Bruno, de 36 anos, mora em Campinas, no interior de São Paulo. O empresário e criador de conteúdo nasceu em São Luís, no Maranhão, onde aprendeu os segredos da culinária local. Com a família também desenvolveu o gosto pela cozinha árabe e pelo churrasco. Conhecido como Bubu, ele é co-capitão da seleção brasileira de churrasco americano, deixou a carreira em Marketing para cursar Gastronomia e hoje comanda o perfil @canseideserchef, com mais de 180 mil seguidores. Seu canal focado em assados soma 800 mil inscritos e está no ar há mais de uma década.
“O formato desse reality é muito interessante porque ele não é sobre as intempéries interpessoais: ele é sobre comida e comida boa; isso me motiva. A execução dos pratos em si eu não creio que seja um problema. Mas a concepção e a finalização deles para mim, que sou uma pessoa extremamente bruta e trabalho com churrasco, vai ser o mais complicado”, especula sobre a competição. Ele planeja ir o mais longe possível de modo que seu trabalho alcance novos públicos. “Por ser produtor de conteúdo, eu vivo a bolha das pessoas que consomem o que eu faço. A possibilidade de furar essa bolha é muito interessante. Quero expandir o meu trabalho para novas pessoas, que elas olhem e entendam o que eu faço”, conta.

Ícaro Conceição – Ícaro, de 33 anos, nasceu e vive em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Chef particular e criador de conteúdo, virou cozinheiro aos 17 anos e se tornou chef aos 24, após passar por cozinhas estreladas. Durante as enchentes que atingiram seu estado, em 2024, comandou, ao lado de outros chefs, uma cozinha voluntária que servia mais de 20 mil pratos por dia. Com passagens por mais de 30 países, afirma que é capaz de cozinhar qualquer prato do mundo. Confiante, espera mobilizar o público com suas falas e sua entrega. Seu principal perfil nas redes, @cheficaro, tem mais de 100 mil seguidores.
“Toda vez que eu conquisto alguma coisa, já penso no próximo passo. Comecei no açougue do meu pai com 14 anos, ganhei campeonatos de gastronomia aos 17, virei chefe profissional com 24 e chefe executivo aos 30 anos, e depois da pandemia comecei a crescer na internet. Vivi todos esses estágios da minha vida sempre exercendo o meu melhor. Um programa de TV era uma das coisas que eu ainda não tinha feito. E aí pensei: por que não?”, detalha. “Eu vim para ganhar, mas em primeiro lugar para me divertir. Acho que minha maior dificuldade vai ser eu mesmo. Todos os competidores sabem cozinhar e todos têm conflitos e guerras internas, então, eu acho que os que tiverem isso bem-resolvido são os que vão se dar melhor no programa”, completa.

Maria Clara Caldas – Maria nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, e atualmente vive em Lisboa, Portugal. Aos 23 anos, divide seu tempo entre a faculdade de Administração e a criação de conteúdo de gastronomia na internet. Durante a pandemia, lançou o perfil @claracaldas__, onde compartilha suas experiências culinárias com cerca de 40 mil seguidores. A jovem vendia doces em datas comemorativas, fez curso de massas e participou de um workshop na renomada Le Cordon Bleu, em Paris. Competitiva, Maria busca sempre se superar e vê na cozinha uma forma de expressar sua identidade. Chega ao reality para testar seus limites e transformar sua paixão em carreira.
“Eu acredito que tenho a meu favor a criatividade e a junção de culturas. Hoje moro fora, e conhecer um pouquinho de cada lugar me possibilita ter um leque maior de combinações, às vezes um toque inesperado em um prato. Eu gosto de dar uma inovada. Cozinho entradinhas, como uma boa mineira, e tenho explorado as culinárias portuguesa e japonesa, que mesclo com técnicas francesas que aprendi”, diz. “Eu tenho certeza de que culinária é o que eu quero fazer da vida. Considero um privilégio descobrir a minha paixão tão nova. Vou me formar agora em Administração, estou conhecendo o que eu gosto dentro da gastronomia e estou na internet também. O ‘Chef de Alto Nível’ é uma excelente oportunidade para alcançar tudo o que eu venho buscando”, afirma.

Marina Fucano – Fucano nasceu em Iacanga, em São Paulo, e hoje vive em Piratininga, também no estado. Aos 32 anos, é criadora de conteúdo e comanda o perfil @marinafucano, onde compartilha sua paixão pela gastronomia com quase 250 mil seguidores. Deixou a carreira de farmacêutica para se dedicar à produção de conteúdo de culinária na internet. Na adolescência, chegou a ser locutora de rádio. Especialista em brasa e churrasco, ela se define como uma pessoa de pavio curto e coração mole.
“Eu gosto de cozinhar, independente do estilo. Tento colocar o que eu estou sentindo no prato. Eu amo fazer carne, amo churrasco, mas no programa não tem churrasqueira. Então, a marca que eu quero deixar é a de que consigo fazer de tudo. Para mim, cozinha sofisticada não é sobre ingredientes caros: é aquilo que tem sabor, quando você sente o amor com que foi feito o prato. Quero fazer pratos bonitos, gostosos e que alimentem a alma”, declara. “O que me levou ao reality foi a vontade de algo a mais, porque é um ambiente competitivo, mas também de crescimento, e onde posso mostrar que o meu trabalho vai além da internet. Fora a chance de ter como prêmio o dinheiro e, principalmente, a mentoria dos chefs, o que, para mim, não tem preço”, explica.

Maritza Bojovski – Maritza, de 36 anos, nasceu em Vitória e mora em Vila Velha, no Espírito Santo. Criadora de conteúdo e proprietária de restaurante, ela comanda a cozinha do negócio da família, inspirada por seu pai, chef de cozinha e sua maior referência. Nas redes, compartilha receitas, bastidores e momentos do dia a dia no perfil @maribojovski, com quase 200 mil seguidores. Competitiva e exigente consigo mesma, Maritza também é jogadora de beach tênis e admite ter dificuldade com derrotas.
“A minha marca são os frutos do mar. Quando meu pai era vivo, nosso restaurante foi eleito durante 17 anos o melhor do Brasil nessa especialidade. E aí fechou. Hoje, eu o abro esporadicamente com o mesmo cardápio”, revela ela, que tem se preparado para driblar os percalços impostos pela cozinha do ‘Chef de Alto Nível’: “Eu gosto muito de pensar no prato, de construir o sabor. Nessa competição, é preciso pensar, cozinhar e entregar um prato em poucos minutos, sem saber o que vai conseguir pegar na plataforma; acho que o tempo vai ser minha maior dificuldade. Mas amo televisão e sempre amei filmar, então a minha expectativa é a melhor possível”.

Adriana Veloso – Adriana, de 48 anos, nasceu em Turiaçu, no Maranhão, cresceu em Belém, no Pará, e hoje mora no Rio de Janeiro. Chef de cozinha, carrega no seu trabalho os sabores e tradições da gastronomia paraense, o que rendeu a seu restaurante o prêmio de melhor restaurante brasileiro do Rio de Janeiro em 2022 e 2023, dado pela imprensa especializada. Aprendeu a cozinhar com a mãe e é fã declarada de Ana Maria Braga. Adriana chega ao ‘Chef de Alto Nível’ com o sonho de inspirar outras pessoas que, como ela, começaram de forma humilde.
“Eu quero deixar no programa a marca da comida raiz, de ancestralidade, aquela que faz lembrar de casa. Eu hoje moro no Rio de Janeiro, mas cozinho a comida do Norte. Não tem nada melhor do que lembrar dos antepassados, lembrar de algo de infância que você comeu. Vou apostar muito na comida natural, gostosa, bem temperada, uma comida feita com afeto”, entrega. “Quero realizar o meu sonho de levar para o mundo a minha cultura, a minha culinária, e conquistar o prêmio para viver feliz com a minha família. A minha expectativa é chegar na final, porque já que eu estou aqui, eu quero ganhar”, brinca.

Arika Messa – Arika, de 42 anos, nasceu em Porto Alegre e mora em Canela, no Rio Grande do Sul, com a esposa e duas filhas. Chef de cozinha e professora, ela chega ao ‘Chef de Alto Nível’ determinada a mostrar para as filhas que é possível vencer trabalhando com o que se ama, no caso dela, a cozinha. Competitiva desde pequena, já foi jogadora de futebol e agora tem como meta conquistar o prêmio de meio milhão de reais do reality e alavancar seu nome e o da sua empresa. Conhecida pelo temperamento forte, Arika até tenta evitar conflitos, mas não costuma fugir deles.
“No lugar de chefs profissionais, como uma banda, a gente já tem um repertório, uma bagagem e vamos tocar os nossos maiores clássicos. Mas, nessa competição, acho que o tempo nivela todo mundo, seja você profissional, amador ou cozinheiro da internet. Eu sempre fui uma chef muito regionalista. Sou gaúcha, levanto a bandeira do meu estado e da nossa culinária; é a minha identidade e para o que eu trabalho hoje”, aponta. “O ‘Chef de Alto Nível’ tem um formato interessante: a gente se põe à prova, se testa, consegue ter um termômetro de como está a evolução. Acho que é o momento perfeito da minha carreira profissional para estar aqui. As minhas filhas me motivaram muito. Pode ser a consolidação de uma rota que já vem sendo traçada”, acrescenta.

Iara Guimarães – Iara, de 38 anos, nasceu em Igaratinga, Minas Gerais, e vive na cidade de Ericeira, Portugal. Chef de partida, aprendeu a cozinhar com o pai, Jaci, e se inspira muito em sua tia Elza. Carrega na bagagem o sabor e o afeto da comida mineira, que a faz lembrar da família e de suas raízes. Antes de se dedicar à gastronomia, trabalhou por 13 anos com contabilidade. Para ela, a cozinha é um lugar de memórias e partilha. Voltar ao Brasil foi um dos motivos que fez Iara se inscrever no ‘Chef de Alto Nível’.
“A minha expectativa está altíssima! Vai ser uma troca muito boa entre o pessoal e um aprendizado muito grande, acima de qualquer coisa. Eu estou tentando não olhar para os competidores porque são pessoas de muito alto nível”, brinca a competidora. Ela detalha o que mais gosta de preparar na cozinha: “Eu tenho uma vertente um pouquinho diferenciada: gosto de aprender outras gastronomias e de fazer muito mix. Mix Brasil-Portugal, mix Minas-Nordeste. A cozinha mineira é de sangue, de amor, de alma. E a portuguesa é a minha base, a que eu trabalho hoje”.

Kelma Zenaide – Kelma mora em Belo Horizonte. Com 53 anos, a chef de cozinha nasceu em Contagem, em Minas Gerais, e aprendeu a cozinhar com a família. Neta de quilombola, guarda na memória os momentos em que o avô preparava refeições no quintal de casa. À frente de um restaurante e buffet especializado em comida afro-brasileira, Kelma transforma cada prato em uma celebração da memória ancestral. Também especialista em literatura africana e afro-brasileira, ela busca valorizar profissionais da cozinha negra e resgatar suas raízes.
“Eu trabalho com culinária afro-brasileira, diaspórica. Esse é um mote da minha empresa, e quero deixar justamente essa marca. Porque a gente trabalha com culinária europeia e suas várias técnicas, mas as técnicas e tecnologias quilombolas existem, com instrumentos, como o pilão. Quero trazer isso para o programa: que as pessoas sintam prazer em voltar a falar da culinária de raiz, ancestral, de santo, de terreiro. Isso, para mim, é muito importante”, afirma Kelma. “Acho que o mais difícil na competição, tirando a parte da corrida, são os 30 segundos para entender os insumos que estão na plataforma. Chegar até ali e escolher os alimentos nesse tempo vai ser o mais complicado”, diz.

Lucas Correia – Lucas, de 37 anos, nasceu em Paranaguá, no Paraná, e hoje vive em Fernando de Noronha, Pernambuco. Chef de cozinha experiente e viajado, passou um ano em Moçambique comandando o restaurante de um hotel e já atuou como professor universitário de gastronomia e trabalhou muitos anos com a chef Manu Buffara. Atualmente, integra uma das principais cozinhas de Noronha. No ‘Chef de Alto Nível’, quer se desafiar e apresentar sua visão de uma gastronomia humanizada, uma cozinha que valoriza a diversidade e a pluralidade.
“O meu repertório passeia por várias culturas e pela minha trajetória, pela minha história e pelo meu desejo de, por ser um chef brasileiro, mostrar o Brasil. A minha expectativa de fazer algo bacana no programa está cada vez maior. É a chance de colocar a minha assinatura na gastronomia de uma forma leve, mas ao mesmo tempo madura, sólida”, conta. “Eu tive uma virada de chave muito grande na minha vida de dois anos para cá. E daí pensei: por que não agora? Eu já fiz tanta coisa, já viajei tanto, já trabalhei de diversas maneiras na gastronomia… Quis tentar esse viés e, de alguma forma, me mostrar para o mundo, mostrar o que eu faço”, explica sobre os motivos que o levaram a querer participar do reality.

Luiz Lira – Lira, de 35 anos, nasceu na cidade de São Paulo e mora em Brasília, no Distrito Federal. Consultor técnico de gastronomia, já atuou em cozinhas do Brasil, França e Espanha, trabalhando ao lado de chefs renomados e em restaurantes estrelados. Sua paixão pela cozinha vem de família: a avó Quitéria trabalhou por muitos anos com Ana Maria Braga, e ele chegou a acompanhá-la em algumas gravações. Lira já participou de um reality na Argentina e agora chega ao ‘Chef de Alto Nível’ com a missão de valorizar a culinária brasileira por meio de ingredientes ainda pouco explorados.
“O que me levou a me inscrever foi a chance de mostrar um pouco da minha cozinha, quem é o Luiz com o alimento, a minha essência. Acabei de chegar ao Brasil, passei muitos anos fora, então, a ideia é vir para cá e ser conhecido aqui também através desse reality show”, conta Lira. “Sempre trabalhei com vários tipos de produtos em todo lugar por onde eu passei, no mundo inteiro. Sou daquele tipo da pessoa que pega uma caixa, abre a geladeira, vejo o que tem e faço algo daquilo. Tento me expressar em cima daquilo, daquele produto, daquela proteína. E, no final, trazer aquele produto de qualidade, brincando com as texturas, com os sabores, com a essência e a técnica”, complementa.

Raphael Santos – Raphael, de 31 anos, nasceu na cidade do Rio de Janeiro e vive há nove anos em Lisboa, Portugal. Personal chef, tem em seu pai, também chef de cozinha, sua maior inspiração e melhor amigo. Na adolescência, sonhava em ser jogador de futebol, mas foi na gastronomia que encontrou sua paixão. Para se aperfeiçoar, estagiou em açougue e peixaria, aprendendo, na prática, a carnear e filetar. Raphael embarca no ‘Chef de Alto Nível’ com o sonho de voltar ao Brasil e abrir um restaurante ao lado do pai.
“Eu moro fora do país há nove anos e sempre quis voltar para o Brasil com uma vitrine grande, com uma oportunidade de mostrar o meu trabalho, que faço há 14 anos. O reality, para mim, é essa vitrine que estou procurando. Acredito muito no formato e estou bem confiante”, diz Raphael. “Venho de uma escola francesa, meu primeiro trabalho foi com um chef francês muito rígido, então essa é a base que carrego até hoje. Apesar de gostar muito da cozinha asiática, italiana, obviamente a brasileira também me encanta muito, a de matriz africana, mas a minha grande base é a francesa e acredito que ela vai me levar muito longe nessa competição”, conta.

Rodrigo Andrade – Rodrigo, de 24 anos, nasceu e vive em Natal, no Rio Grande do Norte. Chef de cozinha e dono de um restaurante que homenageia sua avó, ele cozinha profissionalmente há sete anos. O jovem é também técnico em Mecânica e começou a cursar Engenharia Elétrica. Competitivo, Rodrigo chega ao reality com a missão de provar que comida regional também é alta gastronomia. Para isso, vai se jogar na competição e promete cozinhar com a alma.
“Sou um cozinheiro clássico. Uso técnicas clássicas da gastronomia, mas sou muito nordestino. Então, uso muito o clássico nordestino com o clássico italiano, o clássico francês. Me considero um cozinheiro underground. Pego as coisas chiques e dou uma bagunçada junto com as que eu tenho, e dá certo”, afirma Rodrigo. “Eu me inscrevi no reality meio que forçado pela minha noiva, que falava que eu precisava ter mais visibilidade. Sou mais calmo, mais escondido mesmo, e depois da inscrição fui vendo o que poderia ser, o que poderia expor e falar. E comecei a mudar um pouco mais essa minha coisa de ser mais fechado”, afirma.
Cozinheiros amadores

Bruno Sutil – Sutil, de 35 anos, nasceu em Porto Alegre e vive na cidade de São Paulo. Pesquisador sensorial, dedica-se a entender como os sentidos influenciam as decisões das pessoas, prestando consultoria para marcas de alimentos e produtos de limpeza, por exemplo. Apaixonado por gastronomia, se define como um “nerd” do assunto. Ao se mudar para a capital paulista, contava com a ajuda da mãe, que o guiava nas receitas em chamadas de vídeo. Hoje, tem uma cozinha superequipada, seu lugar preferido da casa.
“Gosto muito de trabalhar com proteína, com carne, gosto do estilo francês de cozinhar, com muita manteiga. Acho que é isso que vou tentar levar para lá. Mas uma das características que sempre busco é buscar colocar no prato o equilíbrio, entre o sal e o doce, o azedo e o amargo, o umami”, explica Sutil. “O tempo vai ser uma grande dificuldade que a gente tem que superar. E, obviamente, o mix de possibilidades do que fazer lá, que vai ser decidido na hora. Vamos ter que trabalhar muito, vai ter que ter muita arte aí”, antecipa.

Dih Vidal – Dih, de 36 anos, nasceu em Mucuri, na Bahia, e mora em São José dos Campos, interior de São Paulo. Dona de casa, tem um e-commerce de roupas infantis. É muito dedicada à família: casada e mãe de dois filhos, Dih os considera seu porto seguro. O interesse pela cozinha veio com o nascimento do primeiro filho, e hoje ela persegue o sonho de ter seu próprio restaurante.
“Gosto muito de cozinhar peixes, mas não estou limitada a isso. Se tiver qualquer outra coisa, um bucho, um bode (risos), estou disposta a fazer. O que me levou a fazer a inscrição, primeiro, foi a chance de uma independência financeira como mulher. Sempre vivi para a família, meus filhos, minha casa. Então, chega um momento que a gente quer conquistar as coisas para nós mesmos. E me inscrevei também porque meus filhos queriam muito ver a mãe deles na TV”, revela Dih. “Quero montar um negócio próprio e chegar a ganhar o prêmio é uma realização muito grande, pessoal e profissional, um reconhecimento enorme”, finaliza.

Erickson Blun – Erickson mora em Brasília. Com 59 anos, o cirurgião do aparelho digestivo nasceu em Ponta Grossa, no Paraná, e teve sua vida transformada pela medicina. Apaixonado pela gastronomia, compara um bom empratamento a uma cirurgia bem-feita. Foi incentivado pela esposa a se inscrever no ‘Chef de Alto Nível’ e tem nos três filhos seus principais críticos culinários. Também se considera um bom jogador de pôquer, além de conhecer bons insumos e ingredientes, e pretende usar essas habilidades na competição para surpreender os adversários e conquistar o paladar dos mentores.
“Cozinho de tudo, mas muito comida familiar, nada exuberante. Estou com vontade de comer alguma coisa, vou lá e faço. Não tem algo específico dentro da gastronomia. A massa, normalmente, é mais fácil para mim, mas eu faço de tudo um pouco”, explica Erickson. “Minha inscrição no reality foi por acaso, primeiramente. Fiz um teste, pensando ‘será que vai’, e, por fim, deu certo. Segundo, porque eu amo cozinhar. Aprendi com a minha avó, com a minha mãe, e é uma experiência nova. A expectativa é das melhores, e o que Deus tem para me dar, vou aproveitar e agarrar com unhas e dentes”, finaliza.

Flan Souza – Flan mora em Barueri, São Paulo. Com 41 anos, a técnica de enfermagem nasceu em Salvador, na Bahia, e carrega na cozinha uma forte conexão com sua mãe e sua avó, suas grandes referências. Já vendeu cachorro-quente e empadas no hospital onde trabalhava e revela que aprendeu a fazer arroz soltinho com Ana Maria Braga. Atualmente, estuda gastronomia e se declara como uma amante da cozinha.
“Sou completamente apaixonada por comida. Mesmo quando não estou trabalhando com comida, dou um jeito de voltar para isso. Fui trabalhar com publicidade, fazer mestrado em marketing, entrei para um grupo de estudos alimentares brasileiros. O meu doutorado é sobre alimentação, comportamento alimentar, trabalho com pesquisa sensorial, então é tudo voltado para o tema”, conta Flan. “Acho que a maior dificuldade é a minha própria ansiedade, óbvio que não sei tanto quanto os chefs profissionais, mas vou ter que conseguir controlar minha ansiedade para fazer as coisas com tranquilidade”, destaca.

Gilmar Francisco – Gilmar mora na cidade do Rio de Janeiro. Com 41 anos, o médico nutrólogo e anestesista nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, e sempre teve a família reunida em volta da mesa. Já enfrentou a obesidade e, hoje, dedica-se a ajudar as pessoas a terem uma relação mais saudável com a comida. Apaixonado por temperos e utensílios de cozinha, adora visitar restaurantes e reproduzir os pratos em casa para a família e os amigos.
“Tenho muita expectativa de conseguir passar a trabalhar com comida, e tenho ideias para poder amarrar a culinária com o que eu faço. Espero também aprender muito sobre comida e levar para os meus pacientes a noção de como é possível comer bem de forma saudável, de como qualidade pode ser melhor até do que quantidade. Por último, não menos importante, é dizer que meus filhos vão ficar enlouquecidos quando eles souberem que eu estou aqui”, brinca Gilmar. “Gosto muito da culinária italiana, da francesa e da comida contemporânea. Sobretudo, gosto de explorar todas as texturas e sabores dentro de um prato. Como capixaba, também tenho muito forte a cultura dos frutos do mar”, detalha.

Júlio Nieps – Júlio, de 36 anos, nasceu e vive em Americana, em São Paulo. Tatuador e motorista de aplicativo, se define como caótico, teimoso e determinado. Autodidata, não se prende a receitas nem a estilos únicos. O fã de animes foi incentivado pela sogra a se inscrever no ‘Chef de Alto Nível’ e leva para a competição o desejo de curtir o processo.
“Eu cozinho faz pouco tempo. Pelo fato de ser amador, ainda não tenho uma linha na gastronomia que queira seguir. Cozinho de tudo, para todo mundo, sem linha específica. Tenho minhas carnes preferidas, minhas proteínas dentro de cada categoria: carne vermelha, gosto muito de trabalhar com cordeiro, frutos do mar, peixe também. Então, tenho alguns pontos fortes em temas específicos”, explica Júlio. “Minha maior dificuldade vai ser eu mesmo. A luta pessoal contra o nervosismo e a ansiedade”, acrescenta.

Luiza Soares – Luiza, de 30 anos, nasceu e vive na cidade do Rio de Janeiro. Nutricionista, concluiu recentemente a faculdade de gastronomia e está realizando um sonho antigo: participar de um reality de culinária. Inspirada pelas avós, que sempre foram referência na cozinha, ela cresceu entre receitas e boas memórias. Assistiu a todos os episódios da versão estrangeira de ‘Chef de Alto Nível’ e agora quer conquistar seu espaço e se tornar uma chef da internet.
“Acho que o mais difícil vão ser o tempo e a limitação de ingredientes. O tempo é muito curto para pensar no que vai fazer e para pegar na plataforma o que for preciso. Você não tem uma dispensa disponível, caso esqueça alguma coisa. Tem que pensar e agir muito rápido”, destaca Luiza. “Minha expectativa é não ficar tão nervosa a ponto de esquecer de tudo que eu sei fazer e mostrar, de verdade, a minha cozinha”, acrescenta.

Marina Cabral – Marina, de 46 anos, nasceu em Belém, no Pará, e vive na cidade de São Paulo. Empresária, comanda uma empresa que fornece insumos amazônicos para restaurantes do Sudeste. Aprendeu a cozinhar com o pai e, hoje, prepara diariamente as refeições para a filha, com quem tem uma forte ligação. Foi justamente a filha quem a incentivou a se inscrever no reality. Marina chega disposta a vivenciar tudo que o ‘Chef de Alto Nível’ pode oferecer.
“Gosto de cozinhar mariscos, peixes, saladas e muita comida brasileira. Sou de Belém do Pará, da Amazônia, então minha raiz está toda lá, apesar de morar em São Paulo há 20 anos. Tudo que eu faço, todas as técnicas, acabam remetendo às minhas origens, inevitavelmente”, destaca Marina. “Acho que a minha maior dificuldade está em empratamento. Como sou dona de casa, a gente não se preocupa muito com apresentação, faz uma brincadeira ali, outra por lá, mas tenho problema com empratamento”, complementa.
Crédito fotos: Globo/Beto Roma.