Nesta sexta-feira (28), Johnny Hooker apresenta o single autoral “Viver e Morrer de Amor na América Latina”, parceria inédita com Ney Matogrosso. A faixa chega acompanhada de videoclipe e inaugura oficialmente uma nova fase na trajetória artística do cantor e compositor pernambucano. O lançamento antecipa o álbum homônimo, previsto para as próximas semanas.
Misturando elementos da canção popular latino-americana com referências do brega, do bolero e da MPB contemporânea, o single aponta para a estética sonora do novo disco. O arranjo destaca percussões latinas, guitarras e camadas vocais que reforçam a atmosfera dramática e sensorial da composição.
Os versos funcionam como um manifesto emocional e político, abordando temas como paixão, memória e renascimento — pilares que atravessam o novo momento de Hooker.
“Tome cuidado com o andor / Tome cuidado menina / Viver, morrer de amor / Na América Latina / Saiu três vezes é sorte / a carta da morte”, diz um trecho da canção.
A participação de Ney Matogrosso, um dos maiores nomes da música brasileira, é celebrada por Johnny como um encontro simbólico entre duas gerações marcadas pela liberdade estética e pela atuação política. “Dividir esse projeto com esse grande nome foi melhor do que no sonho! Ney é de uma generosidade e carinho num nível estratosférico. Quando escrevi a música, percebi que estava falando sobre ele e isso me emocionou muito. E quando ele topou, fiquei incrédulo. Esse encontro de gerações que são filhos de uma luta contínua por liberdade é maior do que posso colocar em palavras. Esta música é uma grande homenagem ao legado dele”, afirma Hooker.

Letra:
VIVER E MORRER DE AMOR NA AMÉRICA LATINA
(Letra e composição Johnny Hooker)
A cigana me falou; “cuidado que o amor vai te fuder um dia”
E numa grande confusão, subi a Conceição atrás da romaria
Disse que dentro do teu mar, eu ia me afogar
No azul dos olhos teus
E quando teu corpo me envolvia
Eu gozava e via, a hora do adeus
Tome cuidado com o andor
Tome cuidado menina
Viver, morrer de amor
Na América Latina
Saiu três vezes é sorte, a carta da morte
A cigana me falou; “cuidado que o amor vai te fuder um dia”
Que vai alimentar vulcões, vai abalar paixões
Cobrar sua alforria
Quando seu rosto revelar
Vai nos assombras, como um Prometeu
E no teu corpo achar a vida, em morte renascida
E assim dizer adeus.
Crédito foto: Divulgação.