Hair spa interrompe obras no Shopping Leblon para ceder espaço a uma intervenção artística
Sempre conectado à natureza, à arte e ao design, o Laces, pioneiro em tratamentos saudáveis para os cabelos, interrompeu temporariamente as obras de sua futura unidade no Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, para uma experiência artística única. O espaço em construção receberá, no dia 27 de agosto, a intervenção artística “Transicional”, com a direção artística de Adriana Bianchi, presidente do Instituto Iadê de arte e design. Nomes como Emmanuelle Bernard, Mana Bernardes, Mayawari Mehinako, Rodrigo Almeida, e Sandra Anselmi estão entre os artistas convidados para apresentar seus principais trabalhos que representam e dialogam com os valores do Laces.

A exposição acontece no dia 27 de agosto, a partir das 13h00, no Piso 0, do Shopping Leblon. Presente no Rio de Janeiro desde 2018, quando inaugurou sua primeira unidade no Rio Design Leblon, o hair spa apresentou à cidade um novo olhar para a beleza, baseado em técnicas sustentáveis que unem cuidado consciente e bem-estar. Após anos de sucesso, o grupo reforça agora sua presença na Zona Sul com o novo espaço — mudança motivada pelo fechamento do Rio Design Leblon, onde estava localizado anteriormente.
“Interromper temporariamente nossas obras para receber esta intervenção artística reforça o nosso compromisso com a arte, a natureza e a sustentabilidade. Para nós, beleza vai muito além do cuidado com os cabelos: é um estado de conexão com o que nos cerca, e este projeto traduz exatamente essa filosofia”, explica Itamar Cechetto, CEO do Grupo Laces.
Conheça um pouco mais sobre cada artista e os trabalhos que serão apresentados:
Emmanuelle Bernard
Fotógrafa e documentarista, nascida em Nice, na França, passou a infância e a adolescência no Rio de Janeiro. No início dos anos 1990, Emmanuelle começou a fotografar para importantes veículos de imprensa como Vogue, Veja, Revista da Folha de SP, entre outros exemplos, bem como para catálogos de moda de empresas como Fórum, Triton, Osklen, Richards e Lenny. Também atuou no campo institucional fotografando para empresas como Light, Santander, Vale do Rio Doce, Gerdau, entre outros. É autora de capas de discos de nomes como Zelia Duncan, Edgard Scandurra, Daúde, Kid Abelha e outros. Na direção seu primeiro filme foi “Declarações de amor” (documentário, 2007), sobre o Edifício Copan, exibido em festivais de cinema no Brasil e no exterior, e o vídeo clip “Mobile” de Marcelo Bonfá (ex-Legião Urbana). Em novembro de 2010, lançou o seu primeiro livro de fotografias intitulado “Carioca” sobre o cotidiano dos habitantes da Cidade Maravilhosa. Em 2013, publicou o seu segundo livro de fotografias, “Ginga”, sobre a dança popular no Rio de Janeiro. O terceiro livro, publicado em 2016, é chamado “Mar” e mostra a relação do carioca com o mar.
Mana Bernardes
Artista independente e atua em projetos de envolvimento humano. Escritora de dois livros, “Ritos do Nascer ao Parir” e “Mana e Manuscritos”, expõe em galerias e museus como Mad Museum (NY), Fondation Cartier (Paris) e Museu Nacional (Brasília). Sua linha de joias feitas com materiais do cotidiano circula em lojas de museus como MoMA (Nova York), MAD (NY), MAM (RJ), MAR (RJ) e Inhotim (MG). Tem sua caligrafia em obra fixa no Museu do Amanhã (RJ) e no Museu da Língua Portuguesa (SP), além da Mulher Raíz, no acervo permanente do MAR (RJ). Mana realiza performances e une criações literárias à manufatura no desenvolvimento de suas obras.
Mayawari Mehinako
Artista indígena brasileira do povo Mehinako, pertencente ao Parque Indígena do Xingu (MT). Graduado em Línguas, Arte e Literatura e artista em design estética em madeira. Ele aprendeu a arte de seu povo através de seu pai, um renomado artista especializado em plumagem, cestaria, pintura, escultura, biojóias e colares, trazendo para suas obras elementos da cultura, dos mitos e do cotidiano do seu povo. A cerâmica é uma prática tradicional das mulheres Mehinako, e Mayawari tem se destacado por unir a tradição ancestral com uma abordagem contemporânea, levando sua arte para exposições, feiras e coleções dentro e fora do Brasil. Além da cerâmica, ela também trabalha com pintura e artes gráficas, sempre valorizando a memória, o território e a espiritualidade do Xingu. Seu nome aparece em mostras que dão visibilidade à produção artística indígena contemporânea, sobretudo no movimento crescente de mulheres indígenas artistas.
Rodrigo Almeida
Designer paulista, é autodidata e se destaca por criar objetos híbridos que transitam entre arte, moda e design. Suas peças, muitas vezes feitas à mão a partir de materiais inusitados como papel reciclado, penas e alimentos locais, refletem a miscigenação cultural brasileira e carregam narrativa, emoção e imperfeições valorizadas como marca de identidade. Almeida já expôs em galerias internacionais e tem trabalhos em acervos como o do Centre Pompidou. Em projetos recentes, como “Morfologicos” para a Casa Electrolux, ele ainda explorou a fusão entre estética industrial e formas orgânicas, reafirmando seu compromisso com a criação de peças com alma, profundamente enraizadas na cultura e no cotidiano do Brasil.
Sandra Anselmi
Designer e artista têxtil de Farroupilha (RS), diretora de criação da Malharia Anselmi, empresa familiar com mais de três décadas de história. Autodidata nas artes, começou a produzir obras explorando a técnica de “tricô de braços” para criar esculturas orgânicas em larga escala, feitas manualmente com fios de lã e algodão 100% naturais e inspiradas em formas e cores da natureza. Seu trabalho une saberes ancestrais e tecnologias contemporâneas, valorizando a sustentabilidade e a conexão entre arte e comunidade. Estreou como artista em 2024 na SP-Arte, no Espaço Etel Design, com uma tapeçaria de 380 metros lineares, e, em 2025, apresentou a mostra “Natureza Tecida” na Casa Anselmi, instalação imersiva que integrou o projeto Portas para a Arte da Bienal do Mercosul e recebeu mais de 1.500 visitantes.
Crédito fotos: Divulgação.